Pessoal, hoje é o último dia de funcionamento do Camarim no ano de 2013.
Esse ano foi maravilhoso, novos clientes que acabaram se tornando amigos, vários amigos que fazem parte da família Camarim.
Esperamos que vocês tenham um excelente reveillon. Desejamos muita saúde, paz, amor e amigos para esse ano que tá chegando.
Voltamos com tudo dia 02/01 de 2014!
Feliz Ano Novoooooo
Segue uma prosa da nossa parceira, amiga, colaboradora do blog.
Maria Balé
PROSA DE FIM DE ANO
Mais um ano termina, outro começa. E no instante do agora é que se faz hora da esperança, do desejo e da promessa.
No ano que vem, quero ter mais saúde, quero ter mais dinheiro, muita paz encontrar. Paciência, bom, paciência, vou tentar.
Quero pôr tudo em ordem, limpar todo lixo, dar lugar para o novo, renovar a pendência. Uma grande faxina, não de rotina, mas de consciência.
Deixar a saudade contar a história da alegria vivida que ficou na memória.
Para o coração, controlar a pressão e ter mais compaixão.
Visitar mais lugares, provar mais sabores, sentir mais odores, desprezar os rancores, enfrentar os temores e todas as dores. Descobrir os matizes dos muitos amores.
Compreender que pessoas nunca são iguais. O que importa, é que sejam leais.
Sair por aí, com destino ou a esmo, assim, conhecendo a mim mesmo.
Fazer as pazes com o espelho, aquele de dentro, porque o de fora, que nos invade e não oculta a verdade, esse eu aguento.
Cuidar da saúde, tentar a ginástica. Melhorar a postura, disfarçar as olheiras. Ter no olhar muito mais brilho, ainda que seja usando colírio.
Ler novos livros, reler outros tantos, brincar mais com meu filho, plantar mais uma árvore no meu jardim. Cuidar do planeta, prometo pra mim.
Vou me apaixonar de modo intenso. Abraçar com calor, beijar sem pudor, como em Nove Semanas e Meia de Amor. Se não for como penso, recorro ao tantra, evoco um mantra, acendo um incenso.
Pode ser que me case, que mude de casa, de plano ou de rumo. Quanto ao romance, quem sabe eu assumo?
Mais amiúde, ter mais atitude. Agir de outra forma, mais eficaz. Adotar o silêncio. Falar menos, ouvir mais.
Aprender a dizer não, ver a morte sem chorar. A morte e a vida até, como canta o Vandré.
Quero ter temperança, encarar a mudança e ser flexível. Pois tudo que é vivo, já por silogismo, não é para sempre e é perecível.
Tenho em mente, viver diferente. Ser mais gentil e mais tolerante. Mandar para longe a insensatez. Acertar desta vez.
Cozinhar para amigos, beber muita água, comer devagar. Dormir mais um pouco, só para sonhar.
Gargalhar todo dia. Adoraria!
Da primavera ao verão, aromas alados de fruta madura, jabuticaba no pé, banho de cachoeira. No outono, amar o dia, as cores safáris na luz que irradia. No inverno, a noite de estrelas, a manta xadrez e uma fogueira.
Em qualquer estação, prestar atenção; respirar com mais calma. Revigora o corpo e refresca a alma.
Vou crer que sou bom, que o outro é irmão, perdoar é um bem. E que o espírito alegre é muito melhor.
Fé, bom-humor e chocolate ao leite. O resto, que se ajeite.